quinta-feira, 17 de março de 2016

Para nós


Dou comigo rendida ao teu olhar, ao teu cheiro, ao teu toque, até mesmo ao que nem gosto tanto em ti.
Percebo que morro de medo quando tomo noção que não controlo nada, nem este amor que se alojou em mim e teima em ficar por muito. Não sei como será o dia de amanhã, ou daqui a uns dez anos, a única coisa que sei é que quero acordar aninhada no teu abraço e sentir o teu pulsar forte quando poiso a minha mão no teu lado esquerdo. Quero adormecer ente o forte do teu corpo que me protege de quaisquer Adamastor que venha ameaçar a minha serenidade. Entrelaçar a minha vida na tua e caminhar pela vida que escolhemos com mais sorrisos do que lágrimas. Quero que possamos nos inspirar em cada dia, instigando-nos a ser melhores pessoas, um com o outro, a cada novo amanhecer. Que alimentemos o que temos e vivemos com pelo humor e amor. Com as palavras de afecto e gestos que nos guiem e nos permitam crescer, aos dois. Juntos.

terça-feira, 1 de março de 2016

Não te apaixones por uma mulher...



Não te apaixones por uma mulher que lê, por uma mulher que tem sentimentos, por uma mulher que escreve...
Não te apaixones por uma mulher culta, maga, delirante, louca. Não te apaixones por uma mulher que pensa, que sabe o que sabe e também sabe voar, uma mulher que confia em si mesma.
Não te apaixones por uma mulher que ri ou chora quando faz amor, que sabe transformar a carne em espírito; e muito menos te apaixones por uma mulher que ama poesia (estas são as mais perigosas), ou que fica meia hora contemplando uma pintura e não é capaz de viver sem música .
Não te apaixones por uma mulher que está interessada em política, que é rebelde e sente um enorme horror pelas injustiças. Não te apaixones por uma mulher que não gosta de assistir televisão. Nem de uma mulher que é bonita, mas, que não se importa com as características de seu rosto e de seu corpo.
Não te apaixones por uma mulher intensa, brincalhona, lúcida e irreverente. Não queiras te apaixonar por uma mulher assim. Porque quando te apaixonares por uma mulher como esta, se ela vai ficar contigo ou não, se ela te ama ou não, de uma mulher assim, jamais conseguirás ficar livre...
Martha Rivera-Garrido

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Nunca se culpe por fazer a coisa certa



Nunca se culpe por ter amado. Por ter confiado. Por ter ajudado. Nunca se culpe por acreditar na bondade humana, na amizade verdadeira, no amor eterno. Nunca se culpe por pagar as contas em dia, ser dedicado ao seu trabalho, honrar seus compromissos. Nunca se culpe por dizer a verdade construtiva e pregar pequenas mentiras a fim de não magoar as pessoas. Nunca se culpe por algo que não deu certo apesar de todo empenho empregado. Nunca se culpe por fazer a coisa certa.

Artigo original e completo aqui

sábado, 20 de fevereiro de 2016

Amar é um acto de fé


Amar é um acto de fé.
Amar é paz, é luz, é um respirar bem fundo, tudo o resto é apego.
Amar é sentir que o melhor lugar onde se pode estar é no abraço da pessoa que se ama, aceitar o bom e o mau, e mesmo assim sentir-se confortavelmente seguro nesse abraço, onde se carrega a energia para as tempestades da vida. Aceitar e confiar, que não há outro melhor sítio onde estar, senão no abraço quente da pessoa que escolhemos para caminhar, um caminho que terá chuva, vento, sol, muito, e frio, mas também calor, onde confiamos e no sentimos seguros que é ali que queremos continuar a crescer, a dar e receber, a partilhar.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Como é que se esquece alguém que se ama



Como é que se esquece alguém que se ama? Como é que se esquece alguém que nos faz falta e que nos custa mais lembrar que viver? Quando alguém se vai embora de repente como é que se faz para ficar? Quando alguém morre, quando alguém se separa - como é que se faz quando a pessoa de quem se precisa já lá não está? 

As pessoas têm de morrer; os amores de acabar. As pessoas têm de partir, os sítios têm de ficar longe uns dos outros, os tempos têm de mudar Sim, mas como se faz? Como se esquece? Devagar. É preciso esquecer devagar. Se uma pessoa tenta esquecer-se de repente, a outra pode ficar-lhe para sempre. Podem pôr-se processos e acções de despejo a quem se tem no coração, fazer os maiores escarcéus, entrar nas maiores peixeiradas, mas não se podem despejar de repente. Elas não saem de lá. Estúpidas! É preciso aguentar. Já ninguém está para isso, mas é preciso aguentar. A primeira parte de qualquer cura é aceitar-se que se está doente. É preciso paciência. O pior é que vivemos tempos imediatos em que já ninguém aguenta nada. Ninguém aguenta a dor. De cabeça ou do coração. Ninguém aguenta estar triste. Ninguém aguenta estar sozinho. Tomam-se conselhos e comprimidos. Procuram-se escapes e alternativas. Mas a tristeza só há-de passar entristecendo-se. Não se pode esquecer alguem antes de terminar de lembrá-lo. Quem procura evitar o luto, prolonga-o no tempo e desonra-o na alma. A saudade é uma dor que pode passar depois de devidamente doída, devidamente honrada. É uma dor que é preciso aceitar, primeiro, aceitar. 

É preciso aceitar esta mágoa esta moinha, que nos despedaça o coração e que nos mói mesmo e que nos dá cabo do juízo. É preciso aceitar o amor e a morte, a separação e a tristeza, a falta de lógica, a falta de justiça, a falta de solução. Quantos problemas do mundo seriam menos pesados se tivessem apenas o peso que têm em si , isto é, se os livrássemos da carga que lhes damos, aceitando que não têm solução. 

Não adianta fugir com o rabo à seringa. Muitas vezes nem há seringa. Nem injecção. Nem remédio. Nem conhecimento certo da doença de que se padece. Muitas vezes só existe a agulha. 

Dizem-nos, para esquecer, para ocupar a cabeça, para trabalhar mais, para distrair a vista, para nos divertirmos mais, mas quanto mais conseguimos fugir, mais temos mais tarde de enfrentar. Fica tudo à nossa espera. Acumula-se-nos tudo na alma, fica tudo desarrumado. 

O esquecimento não tem arte. Os momentos de esquecimento, conseguidos com grande custo, com comprimidos e amigos e livros e copos, pagam-se depois em condoídas lembranças a dobrar. Para esquecer é preciso deixar correr o coração, de lembrança em lembrança, na esperança de ele se cansar.

Miguel Esteves Cardoso, in 'Último Volume'

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

As quatro leis espirituais

Na Índia, são ensinadas quatro leis espirituais:
A primeira diz: A pessoa que vem é a pessoa certa.
Ninguém entra em nossas vidas por acaso. Todas as pessoas ao nosso redor, interagindo conosco, têm algo para nos fazer aprender e evoluir em cada situação.
A segunda lei diz: Aconteceu a única coisa que poderia ter acontecido.
Nada, absolutamente nada do que acontece em nossas vidas poderia ter sido de outra forma. Mesmo o menor detalhe. Não há nenhum “se eu tivesse feito tal coisa…” Ou “aconteceu que um outro..."
Não. O que aconteceu foi tudo o que deveria ter acontecido, e foi para aprendermos a lição e seguirmos em frente. Todas e cada uma das situações que acontecem em nossas vidas são perfeitas.
A terceira diz: Toda vez que iniciares algo é o momento certo.
Tudo começa na hora certa, nem antes, nem depois. Quando estamos prontos para iniciar algo novo em nossas vidas, é que as coisas acontecem.
E a quarta e última afirma: Quando algo termina, termina.
Simplesmente assim. Se algo acabou em nossas vidas, é para a nossa evolução. Por isso, é melhor sair, ir em frente e enriquecer-se com a experiência.
Não é por acaso que você está lendo este texto agora. Se ele veio à sua vida hoje, é porque estava preparado(a) para entender que nenhum floco de neve cai no lugar errado!

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

És mais forte do que tu pensas



Um dia vais perceber que sempre foste forte, sempre ali estiveste para ti e contigo. Que foste o teu maior apoio. Que as tuas palavras foram as mais importantes para ti, que o teu abraço sempre teve a mestria de afastar o mau da fita dos teus pesadelos e receios. Que nada tem a importância que lhe dás, e só tu consegues recuperar de um desalento, de uma desilusão, de um momento menos fácil, porque sempre ali estiveste contigo, forte, a segurar as lágrimas e a iluminar o teu caminho. Quando perceberes isso, verás que tudo o resto fica mais leve, porque és sem dúvida a pessoa que importa, a pessoa com quem poderás contar até ao fim (dos teus dias).