sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Dias cansados

Sinto-me gasta, desta pele que veste a minha alma, deste deambular pelas ruas da minha vivência...
Pergunto-me continuamente, onde queres ir, em que direcção apontar? E em voltas pouco coloridas, rodopio e vou gastando o solo que me acolhe a esperança, o sonho de dias mais azuis.

Não quero que seja sempre assim, chegar ao fim de um dia e sentir este desalento, este temor sem expectativa nem cor!
Não tem de assim o ser, e se por um lado sinto que a minha liberdade só em mim habita, por outro, sinto-me acorrentada a uma sociedade sem conteúdo, sem vontades.
Aqueles que querem e lutam por fazer a diferença, sentem-se obrigados a procurar outras paragens, porque apesar do sol, do azul, do verde e do fado, viver em cosntante desarmonia, cansa!

E hoje, sinto-me cansada!

Desejei tanto regressar, vê-la crescer entre família. Foi tão duro, passar por tanta coisa longe dos meus...mas não conseguir esboçar um sorriso genuíno como ela merece, sentir-me a lutar contra titãs e sentir que hoje mal e porcamente lhe consigo dar um tecto, amanhã não o sei...é bonita a filosofia do presente, e tento-me agarrar a ela, mas lá no fundo questiono-me sim, diariamente, mas que raio de sentido tem esta minha vivência enclausurada em premissas sem sentido algum, sem que me identifique com elas, sem motivação, estímulo ou entusiasmo.
E querendo desprender-me do que me sufoca, dou com o meu pensamento em paragens longínquas, invadindo o meu espírito com imagens duma luta ganha...mas longe dos meus...

Será que para sentir paz de espírito, sentir que consigo dar a volta por cima, sentir que consigo criar e dar-lhe um futuro melhor, terei que novamente fazer malas e buscar lá fora, o que se teima em dar uma oportunidade e apostar, cá dentro!?...

1 comentário:

MÓNICA disse...

Beijo amiga!
Não desanimes.