E prós amigos não vai nada, nada?

Eu devo ser das pessoas mais saudosistas da minha aldeia e arredores, chamem-me lamechas, menina, mas o que é certo é que sem os meus amigos, estejam longe, distantes, pertinho, aqui comigo todos os dias, sem dar notícias há vinte mil anos, o que é certo é que eu não sei viver sem esta relação que dizem chamar-se de amizade. Sem eles eu era seca, sem cor, respirava super mal, vegetava dia após dia, talvez daí me ter sido penoso viver 5 anos ausente deste rectângulo em crise (não me lembro de não estar em crise) pois mesmo com todas as tecnologias e afins, o poder levar com aquele abracinho bom, aquela beijoca prometida há séculos, aquele convite para o café que só serve de desculpa para poder bilhardar e colocar a conversa no devido lugar, tem um sabor bem diferente, tem um sabor tão bom, mas tão bom, que eu não consigo imaginar-me novamente como há 10 anos atrás.
Hoje, mais um amigo do coração fez surpresa, se o quero acompanhar ao concerto do pessoal da radio comercial, sinceramente eu já sou uma miúda em que a confusão faz confusão, mas o poder estar com ele, rir, escutar música, falar até cair (ok, depois, que durante as cantilenas, não deve dar muito jeito), vai saber para lá de bem. Pelo que hoje lá vou eu para o meio da multidão, ver gente gira e feia, ver gente ponto, e estar em excelente companhia, como sempre.