Hoje precisei de me ausentar do ruído dos meus pensamentos, fui em busca de mim, como descrevi uma vez. Precisei de respirar, sentir-me parte da natureza, escutar o mar, sentir o vento frio a acariciar-me o rosto, a beijar cada lembrança que me pesa o coração. Deixei fluir o que trago cá dentro, o vento não levou, mas atenuou, o sol que brilha hoje, secou as lágrimas que deitei, porque assim o sou, porque assim o sinto, afagou-me o sorriso quando o desenhei, fruto de cada lembrar que carrego em mim. Precisei de respirar, de me encontrar, de me segurar, de me misturar com o mais belo que os meus olhos viram, o azul do mar, do céu e depois aquele toque dourado, um frio que soube bem, daqueles que nos aquece por dentro e nos faz sentir que o que pesa, em breve será leve, e que faz parte de ti menina, que de certa forma simplesmente já faz parte, não há volta a dar.
Hoje ainda questiono, mas permito que o silêncio que me custa, vá ao encontro do meu. E hoje, soube bem apenas escutar aquele mar, sentir apenas, parada diante dele, escutando em silêncio.
1 comentário:
Profundo e delicioso!
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