Melhores mães do mundo

Nem sempre são dias bons, nem sempre são dias maus. No geral, o que conta é que vamos construindo um pouco de mais em nós, e espero que assim continue a ser.
De vez em quando acompanho um blog de uma menina genial que foi mãe há pouco tempo, e após ler os relatos dela do seu dia a dia, na sua nova etapa, recordo momentos meus, e dou comigo a sentir um orgulho brutal de mim mesma, de nós as duas, que o fizemos lado a lado. Quem julga que é uma viagem cor de rosa, desengane-se, é mágico sim senhor, é lindo e vale a pena, mesmo a pena, mas é cru também, faz-nos deparar com o melhor e o pior de nós enquanto mulheres/meninas/mães em poucos segundos, e depois quando vem um breve momento em que espreitamos o berço e vemos a calmaria reinar ali naquele doce respirar, há um renovar de energias que nem sei bem de onde ele aparece, depois num piscar de olhos a porra da chucha cai e aquele aninhar vai-se, e o teu sorriso parvo e amarelo desvanece dando lugar a olhos esbugalhados, um berreiro que se inicia suave expande-se de uma maneira incrível, deparando-nos com uns pulmões que julgáramos do tamanho dos pés ou mãos, mas não, são gigantes afinal e depois vem a fome, irra que não há um: 'espera, que já vou'...ou 'vou só aquecer'...ou, 'só mais um pouco...', nada disso, tem de ser no exacto momento em que o timbre se torna tão agudo que parece que alguém está a cometer um crime por aquelas bandas, e num rodopio invencível, passam-se assim 24 horas de um dia, que facilmente se transforma num mês e depois..tau...uns valentes anos.
Tudo isto, para perceber que mesmo quando se agita dentro de cada uma de nós, uma vozinha fininha que nos faz questionar tudo e todos, sem sombra de dúvidas que somos capazes de tudo e muito mais, que por mais cansadas e exaustas, conseguimos superar-nos e nem damos conta, e somos as melhores mães do mundo! Nunca se duvide.