sábado, 9 de novembro de 2013
Os melhores momentos (...) são os mais simples
Gosto, gosto de ter tempo para mim, de saborear o silêncio que se faz cá por casa, e ter tempo de pensar nos pedaços que vou vivendo, no que digo, no que faço, no que sinto e no que deixo por dizer. Nas pessoas que se me cruzam, no quanto aprendo sobre mim com elas, nas questões que me coloco aquando se me afastam, e na razão de haver aproximação, afastamento. Porque é que há pessoas que me são magnéticas e outras nem tanto. Consegue-se perceber? eu não.
No silêncio de mim, encontro-me comigo, visito lugares que já conheço e outros que vejo estão diferentes. Gosto. Nem sempre consigo entrar em mim, ver-me por dentro, compreender-me, nem sei se o consigo na íntegra, talvez me fique pelos 80%, para continuar a surpreender-me. Nestes momentos revejo a mãe que sou, e o que quero fazer para ser mais, melhor, numa simplicidade que sei ser possível. Vejo a mulher crescida que guarda a menina, a qual tem alturas ao longo do dia, em que lhe apetece cumprir a loucura que travou em tempos, a menina sabe que pode fazer o que lhe apetecer, num capricho guloso, já a mulher afaga esse ímpeto e lhe devolve serenidade e sabedoria, e lhe sopra num silêncio ameno o quanto assim o deve ser. E dou comigo a viajar de pensar em pensar, a observar gentes que me rodeiam, no que me fazem sentir, no que me transmitem, no que me acrescentam e no que levam de mim. Talvez queira muito aceitar o que o tão em voga gritamos em plenos pulmões, o viver o dia de hoje, somente o hoje, deixar de revisitar as janelas do passado, nem tão pouco esticar-se em bicos dos pés para vislumbrar o futuro. Digo para comigo, aceita, deixa fluir, deixa ir, mas guardo o desejo de me encontrar um dia destes a escrevinhar por aqui com cheiro florido e zumbido do cântico dos passarinhos. De elogio em elogio, vejo que ainda não estou preparada, pelo que, é tempo de mim, de ser mais e melhor comigo mesma e, saborear cada pedaço meu, mesmo achando um autêntico desperdício. Isto de encontrar a cumplicidade numa estonteante química [mesmo que seja atenuada pelo tempo] não é para todos, pelo menos não logo à primeira, nem à segunda, nem à terceira...se calhar, nem numa só vida!
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