sábado, 23 de novembro de 2013
Sentir
Eu não sei bem o que fazer a este sentir, julgava-o arrumado a um canto quieto, em silêncio, parte de um ontem que não se cumpriu. Nunca houve raiva, talvez fosse mais fácil, mas não, nunca a senti, pelo contrário, sempre olhei para o atrás com carinho, lamento de não ter conseguido perceber se este sentir faria sentido ou não. É verdade, tens razão, não sou fácil de deixar entrar, não é qualquer pessoa que me rouba sorrisos tão facilmente, daqueles que fazem sentir o estômago gargalhar por dentro e a pele arrepiar-se. Não percebo, algures por aqui já escrevi que deixei de querer perceber, mas depois a confusão apodera-se de mim e sim, tento perceber como é que ainda mexes tanto, como é que o meu beijo encaixa tão bem no teu, como é que tantos dias sem ver, falar, saber, chegas e de sorriso vestido parece que nunca te foste embora, que sempre aqui estiveste. Eu não sei o que fazer a este sentir, porque ainda sinto, ainda te sinto, ainda sei de cor o toque na minha pele e o teu cheiro que se mistura com o meu. As piadas e o olhar terno que se cruza com o meu, com as minhas. Somos tão diferentes, vivemos em mundos planetários distantes e...e tenho medo, sim, tenho medo de voltar a viver tudo outra vez, o esperar o telefonema, a mensagem, querer escutar a voz grave e quente, querer fazer parte, querer que faças parte, desejar-te em mim, tenho medo de voltar a querer isso tudo e voltar a ver-te ir embora.
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