quarta-feira, 18 de dezembro de 2013
A mãe cá de casa ainda sou eu
Vamos nos chocar imensas vezes menina. Sim, a continuar com essa tua maneira que me incomoda o nervo, vamos sim!
Não sei como e de que forma começou, mas o que é certo, é que acabaram-se os beijos, os mimos e o pedir do meu colo. Deixei de escutar um bom dia que deu lugar a um 'não quero ir hoje', nem mesmo quando estás de férias escuto outra coisa. Deixei de ser recebida de braços abertos, sentindo na pele a tua saudade, simplesmente virou rotina, o deslocares-te até ao banco detrás do carro, e ali ficas a debitar grunhidos para os quais tentei mentalizar-me escutar por volta dos 12 ou 13 anos. Achas que tens de ser bruta e falar mais alto as tuas amarguras com a vida. Fazer o que te está a apetecer naquele preciso momento desrespeitando as regras e os limites do meu necessário, porque te apetece levar a tua teimosia ao meu limite. Sim, vamos nos chocar imensas vezes. Vou me zangar mais ainda do que já hoje conseguiste aborrecer, lamento {pelas duas}. Também sei que gritar, não é resposta, a mim apetecia-me ficar pelo silêncio, ignorar-te quando sinto que isto vai ficar feio, mas ainda não consigo. Lamento {pelas duas}, mas a última palavra ainda é a minha. A mãe cá de casa ainda sou eu. Sim, vais-me odiar, vais chamar-me imensos nomes em surdina, lamento {pelas duas}. Faz parte minha cara. Só achei que a coisa em si, seria lá mais para a frente, não já e muito menos no mês em que estou a ser testada em tudo quanto é meu limite (para não dizer ano). Nos entretantos minha adorada criatura que me leva aos cabelos em pé, nestes misto de raiva, zanga e desespero, acredita que isto é amor, é mostrar-te que ninguém é tapete ou enxovalho. Que há maneiras de se falar, de se dirigir ao outro e de fazer passar o que se sente ou pretende, pena que ultimamente seja tão frequente que não consiga ter a habilidade pedagógica de te acalmar as horas doridas que deves andar a ter e segredar-te com voz doce, porque sinceramente, fico mesmo zangada e sentida e sem vontade alguma para dar colo e explicar-te seja o que for. Assim, posto isto, vamos deixar que a almofada seja a melhor conselheira e ansiar para que amanhã o dia e noite sejam bem mais agradáveis do que têm sido. Sim?
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