Tenho deixado, tenho permitido, assumo. Mas também já aprendi a fazer um género de barreira a pessoas tóxicas, escuto-as, mas filtro imensa coisa. O que mais me aborrece é este meu lado demasiado empático, que entende sempre o outro lado, mesmo aquele que me magoa. O facto de estar mais velha, mais calejada, ainda não trava quem me entra pelo pensamento adentro despoletando emoções no corpo que, muitas vezes só se libertam por meio de lágrimas tensas. Ainda estou em aprendizagem comigo mesma. O mais importante é não perder o meu norte, e esse é mesmo o meu maior desafio. E manter bem pertinho a mim, aquelas pessoas que me fazem rir a bom rir, que me fazem sentir leve, em pontas e com vontade de ver o mundo, mesmo sem sair do meu lugar, tal a viagem. Essas sim, valem bem a pena ter por perto, estimar e mimar. E sendo assim, apenas eu sou responsável por deixar que me estraguem os sonhos, apenas eu sou responsável por deixar ir até onde vão, e ter bem presente que eu sou a minha prioridade.
Os dias podem começar muito mal, mas só terminam mal se nós deixarmos. Não é se nós quisermos, é mesmo se nós deixarmos.
Ao longo da vida fui aprendendo a reconhecer o perfil das pessoas tóxicas e a eliminá-las da minha vida. Não tenho paciência para sanguessugas das boas energias e do bom astral e tenho zero tolerância para a turma do bota abaixo, gente que anda sempre de muito mal com a vida e com os outros.
É que, vendo bem as coisas, as pessoas tóxicas, as que gostam de controlar a nossa vida e boicotar o alcance das nossas metas, as que se satisfazem com pouco e se regem pela lei do menor esforço, as que se queixam por tudo e por nada, que nos fazem sentir culpados só porque sim, as quem lidam mal com aquilo que alcançamos ou que fazem de tudo para nos mandar abaixo, as que não dão o braço a torcer e as que passam a vida a fazer jogos emocionais para ganharem a compaixão dos outros, não são o tipo de pessoas que quero ter na minha vida.
E se há coisa que a idade me trouxe (e há tanta coisa boa que a idade nos traz) é esta certeza de saber exactamente o que não quero ser, o que não quero fazer e quem não quero ter na minha vida.
É que os dias podem começar mesmo muito mal. mas só terminam mal se nós deixarmos. Não é se nós quisermos, é mesmo se nós deixarmos.*
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