sábado, 1 de fevereiro de 2014
A vida corre muito, é veloz
Adoro o que escreve, adoro a forma como manuseia a palavra, dando-lhe corpo, cor, cheiro e emoção. Ao ler isto deste senhor é um descer à terra e voltar a relembrar aquilo que todos nós sabemos, mas que fazemos por esquecer no segundo seguinte. Vestimo-nos de preconceitos diários, abraçamos angústias, pequeninices, dor, raivas, invejas até, e tudo isso para quê quando o tempo escasseia a cada momento que o vivemos? Contra mim falo, que muitas vezes sou tocada pela injustiça com que vejo determinadas coisas acontecerem-me. Tenho é de me lembrar mais vezes que o tempo não espera por mim, e que cada momento, cada segundo é precioso, é uma dádiva e fazer do pouco que tenho, muito. Apreciar mais, estar ciente que daqui a um nada não estarei mais cá, não nesta vida, a saborear o deleite de ser mãe dela, tia dele, irmã dela, filha, amiga e por aí em diante, e que o ontem não mais vai voltar. Nem mesmo aqueles momentos que me doeram, que me ajudaram a perceber que por aquele ou outro caminho não vale a pena trilhar, e sei-o porque fui lá experimentar. Amar, amar muito, os meus. Os que estão presentes, mesmo quando distantes. A vida corre muito, é veloz. Hoje tenho 38 anos, quase nos 39 e os sonhos vão-se transformando, ganhando outras formas, mas hoje mais ciente que podem não se concretizar, e que vale a pena estar, sentir e entregar-se por completo, a tudo. Porque num qualquer segundo frágil, posso já cá não estar.
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