segunda-feira, 19 de maio de 2014
Despedindo-me dos 38
Prestes a entrar nos 39, faço um balanço com certo equilíbrio. Não, não estou no ano novo, o ano já vai quase a meio, mas é nesta altura que gosto de fazer um balanço do que me aconteceu num último ano de vida. Não começou bem, muita angústia no espaço que alberga o bater vermelho. Muita incerteza, muito cansaço ditaram os muitos meses da caminhada que venho a fazer até esta parte. Percorri um deserto, embora com o apoio de quem realmente interessa, mas conquistei a pessoa que lá no fundo sou. Levei tempo, o meu tempo, para me sentir de novo em pé, com coragem, confiante que me conseguiria levantar. Alguns foram os momentos de temor, também de alegria, mas acima de tudo, o balanço maior que consigo retirar, foi o encontro com a mulher corajosa e bonita que tanta gente vê e fala. Consegui aquilo que a maior parte deve desejar, sentir-se bem consigo, conseguir sorrir no meio do desalento, continuar a acreditar mesmo que as dificuldades persistam. E é este o caminho a seguir. Continuar a ser melhor do que fui ontem. E saborear cada pedacinho de cada dia que vivo. E voltei a abrir o coração. E que bela surpresa me tens sido. O teu carinho, o teu cuidado, o nosso entendimento, suave, quente, meigo, apaixonante, e seguro. Bom sentir esta leveza, esta tranquilidade e ao mesmo tempo as borboletas no estômago quando nos recordo num entrelaçar de emoções. Dispo as vestes dos 38 anos, feliz, de sorriso desenhado, com boas notícias face à saúde e um amor bonito que cresce dia após dia. Uma filha linda, desafiante mas a melhor que me podia ter calhado, com um orgulho tremendo do nosso trabalho diário. Que seria da minha história sem estes altos e baixos, como saberia eu dar valor ao doce e belo, sem ter saboreado o amargo ou acre. Sou muito grata pelo que tenho, pelo que consegui e pelo que sou. Venha lá outra etapa, venham lá os 39 anos, que ainda quero fazer muito mais!
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