Sem rumo, não há vento que ajude

São passos de aprendizagem, saltos digamos. Não há momento algum ao longo do dia em que não esteja lá o dito salto de aprendizagem. Podemos é muitas vezes estarmos desatentos, mas está lá. Reparem. Quando me aborreço e opto por voltar a ver melhor, vejo à luz da nova perspectiva e é bem melhor. Quando me entristeço e opto por pensar em melhores momentos o coração abranda e seca as lágrimas que começara a escorrer, e por aí em diante. Não, não sou uma pessoa optimista por natureza, é um trabalho diário, quase minuto a minuto, mas aprendi a agradecer mais do que a reclamar. Sim, dá imenso trabalho, é bem mais fácil ser vítima do que me vai acontecendo, da má sorte que tenho e etc. Quando conseguimos pensar que foram escolhas que fizemos e que nos levaram a uma certo caminho, temos a noção clara e primazia de voltar a escolher e seguir outra estrada, outra porta, outro caminho. Ando nesta lenga-lenga há demasiado tempo, a tentar visualizar-me dias sem fim no trabalho que faço, que é monótono, cansativo, aborrecido, mal pago, e acima de tudo não me deixa aquele gosto de dever cumprido no final do dia como assim devia ser. Sei que tenho o dever de ir em busca de algo diferente...só não sei bem o quê, e aí é onde eu me estatelo, porque sem rumo não há vento que ajude. Vejo-me a fazer tanta coisa, mas de portas fechadas. Tentarei o suficiente? Achei que tinha escolhido um rumo e afinal a vida levou-me até outro, mas não é este aquele que eu quero, embora seja aquele que me tem conseguido pagar contas e ser de certa forma independente. Tenho pensado porque não fazer comigo aquilo que fiz em sessões de coaching com outros, procurar o meu melhor e melhorar o meu pior e colocar tudo isso a meu favor. Redefinir estratégias, objectivos novos e trabalhá-los diariamente. A urgência de me encontrar antes dos 40 é gritante. E já falta tão pouco.
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