quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Declaro-me a ti, apaixonada {por nós}

Ando mais lamechas, mais sensível se calhar e em cada dia que passa, apaixono-me um pouco mais por ti. Bom, muito bom este sentir que vai preenchendo por dentro. Recordo aquela tarde em que me pediste que te deixasse entrar um pouco na minha vida. E assim vieste vida adentro, com o bom e com o mau que os momentos nos vão reservando. Tem sido uma deliciosa viagem, e mesmo quando receio perder esta sensação de tranquilidade regada por um misto de adrenalina e volúpia, desenha-se um sorriso iluminado no meu rosto e na alma, porque recordo o teu sorriso envergonhado meio sacana, esse teu dar de ti aos outros, principalmente aos animais, o aconchego do teu abraço onde sinto que o meu mundo pode repousar finalmente, das guerras desbravadas pela mulher que se me veste, o teu beijo que me leva a conhecer estrelas sem nome, e o olhar que me observa como se se tratasse do ser mais fascinante que alguma vez viste diante de ti. Bom, muito bom este sentir. Ainda bem, digo para comigo de mansinho, em surdina para que o corpo descanse, o bestial de ter deixado o medo de sofrer, de doer (mesmo que o venha a sentir novamente) fora de mim, à porta de uma vontade em ser feliz, em tentar mais uma vez. Querer conhecer o homem que mal via, o rapaz que hoje arrebata o meu suspiro, me faz sonhar de olhos abertos e sem receio de ir em frente, passar por muito mais, confiante que estarão mais sorrisos em nós do que lágrimas à nossa espera, porque caminho de mãos dadas contigo, sentindo o cheiro da paixão, carinho e amor. Um amor que cresce, dia após outro, com o bom e com o mau, que também faz parte e nos permite aprender sobre um individual, e um nós a que vamos somando neste embrulhar de emoções. Não basta dizer amor. É um sentir sem conseguir encontrar significado no dicionário das relações humanas. É um sentimento que matura e me transforma, desejando hoje ser uma pessoa melhor e mais bela (por dentro) do que ontem. Valeu a pena aquela tarde de sábado, ensolarada e tímida, onde comecei a ver-te pela primeira vez.

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