sexta-feira, 15 de maio de 2015

Gratidão {a todos que me tocam o coração}


Nos últimos dias tenho sido invadida com muito, dentro do meu pouco. Tento manter a fé em mim mesma e confiar que a vida se vai fazendo caminhando. Aliás, tem sido a minha última premissa, a vida vai-se resolvendo e vai me levando a onde os seus planos me aguardam. Não significa que esteja sentada, de braços cruzados diante do televisor a esperar serenamente. Cumpro a minha rotina diária. Mantenho o meu lado positivo dentro de mim, o qual vou resgatando a pulso, porque sei que não me é algo inato. Trabalho por alcançar o que eu desejo, o caminho que quero seguir, mesmo que implique alguns pedregulhos a serem desviados com a tenacidade que vou reconhecendo em mim. Não vou virar costas ao que o meu coração me vibra todos os dias. Nos entretantos sou surpreendida com a amabilidade de pessoas do bem que me rodeiam, umas mais próximas que outras. Não posso deixar de me sentir tão grata, tão rica, crente que no meio de tanta coisa menos boa que vamos sabendo, escutando aqui e acolá, há momentos que os superam, há pessoas que nos fazem acreditar num mundo melhor, que é possível. Chamem-me ingénua, menina, romântica, mas há momentos desses na vida de todos nós, basta estarmos atentos. Hoje um vizinho surpreendeu-me surgindo do nada, trazia nas mãos, fruta, alguns legumes e mel caseiro que cultiva na sua horta, e simplesmente ofereceu-me. Fiquei sem palavras, sem conseguir transmitir o quanto o seu gesto me emocionou, me enterneceu. Agradeci (muito) de sorriso tímido desenhado no rosto, apenas. Como não me sentir agradecida por tanta generosidade? Outros vão-me transmitindo força, ajuda de certa forma, sugerindo direcções a percorrer, portas a bater. E tudo isto faz-me acreditar que mesmo em momentos pesados, duros, aflitos, há sempre a possibilidade de ver as coisas pelo prisma mais leve, se calhar o correcto, mais luminoso. E agradecer o caminho que se vai fazendo, mesmo que este demore a se mostrar. Há que confiar. O meu enorme obrigada a todos aqueles que de certa forma me ajudam a ser um melhor ser humano, e mais, a continuar a acreditar que a humanidade não está assim tão perdida.

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