
É uma reviravolta de sentimentos, mas a viver um dia de cada vez.
Tenho-me permitido sentir a raiva que calei em mim durante tanto tempo, achando que iria passar, sarar a ferida num salto de pulga (como dizem os franceses). Tenho alturas, em que a memória do passado rasga o presente, e magoa...ainda incomoda, inoportuna.
Sei que faz parte, é o chamado processo de cura, mas que é uma seca, pois queria não sentir mais nada. Apenas agradecer todos os momentos bonitos e alegres que experienciei ao seu lado, mesmo aqueles menos bonitos, todos eles fizeram de mim a mulher forte, bonita e decidida que sou hoje.
Ainda continuo a Sandra, menina mulher, meiga, sensível, apaixonada. Ainda continuo a acreditar que faz todo o sentido amar, lutar por quem se quer, sorrir à vida que nos presenteia com tanta sabedoria, no entanto estou atenta, atenta a mim.
Ainda preciso de saborear este Outono em que me envolvi, ainda não me sinto a brilhar para a Primavera da vida, muito menos para um verão quente, mas sei que não quero nem vou penar num Inverno frio e gelado.
Quero o meu coração quente, tranquilo e apaixonado...
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