terça-feira, 16 de junho de 2009

Estranha

Num turbilhão de sensações angustiantes.
Estranha sensação esta que me leva a questionar tanta coisa.

Estes meus 34 anos de existência, onde idealizei tanta coisa já me deveriam transmitir sabedoria e tranquilidade.

Vivo num mundo estranho rodeada numa cultura egoisticamente assustadora. Pior, esta sociedade é feita por todos nós, inclusive por mim. Detesto acordar de manhã com uma sensação de angustia, sem saber bem se aquele é um chão que devo pisar, posso, me é permitido de verdade.
O que aconteceu àqueles dias em que as certezas faziam parte da decoração interior dos nossos sonhos? O que aconteceu ao sorriso estampado por partilhar algo com o outro, por rir, aprender, devolver, apostar com o outro?

Vivo numa sociedade de 11 milhões de habitantes que julgam fazer diferença ao impedir o crescimento de todos nós enquanto povo. Ei pessoal, o que vos aconteceu? Porque será que temem tanto em aprender um pouco mais com o outro? Porque se fecham em hipocrisia e ignorância intelectual quando basta olhar em redor e sentir que se tem que mudar, aceitar a mudança e ser mais próximo, menos egoísta, menos falso, menos pequenino...de vontades, de pensamentos, de sabedoria, de aprendizagem e ficar atento ao que o outro tem para mostrar, para dizer, para aprender também, porque temos sim, muito a aprender.

A pior coisa que podem fazer a um taurino é tirar-lhe o chão, é este não saber como poderá ser o seu dia. O constante talvez do meu dia a dia devolve angústia e a sensação de remoinho constante. A sociedade em que estou inserida não me conhece nem eu a ela, mas enfraquece-me por vezes em pequeníssimas coisas que a pouco e pouco se tornam grandes.

Ao 34 anos queria ter definida a estrada por onde seguir caminho...
Temo em pegar no volante da minha vida, colocar a primeira e pisar o acelerador da vontade, mas...

1 comentário:

Maria disse...

poderia ter sido eu a escrever estas palavras.

encaixei-me tão bem nelas.

ás vezes também me angustia bastante este mundo onde vivemos, melhor esta podridão em que vivemos, e nada parece melhorar, tudo piora... tento arranjar soluções e por mais que olhe, vasculhe vezes sem conta não consigo encontrar... e fico tão angustiada... que ás vezes só tenho vontade de agarrar nas coisas e sumir do mapa. ir para outro sitio onde me sinta mais feliz... mas... (tal como tu)