Sinto um peso, um cansaço que teima em ficar, neblina que circunda o meu ambiente, prende-me os movimentos, mantém rígida a postura, em constante alerta sobre o que mais possa surgir...pior, surge mesmo...
Neste meu pequeno grande momento de auto-compaixão em que luto contra o tombar da lágrima salgada, este seu sabor que escorrega e se deleita, se mistura com sensação de perda, vazio, temor, arde, queima...
Não quero tão cedo (para não dizer, nunca mais) misturar-me com este sabor amargo que me transtorna, me açoita o coração, chicoteando o que o meu corpo guarda. Dói, não quero sentir mais (ingénua, pensei eu que não voltaria a degustar este acre sabor)...
A vida é para ser vivida, saboreada, deliciada, amada, desejada ao segundo que espreita surpresa e, quero acreditar, renovar-se mesmo quando me procuro algures dentro de mim...e teimo em não me achar!
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