Olho a imagem que o espelho me devolve e num ano, reflecte-se o peso de 3 anos volvidos.
A vida dá voltas e voltas, mas ultimamente sinto que me encontro no mesmo sítio. A imagem parada num centro de algo e o mundo a girar sozinho.O movimento é amorfo, o grito do silêncio é cortante, manifestamente perturbador...não sei que caminho escolher, há demasiado ruído para escutar aquela voz calma secretamente sábia que aconselha tão francamente.
Como, de que forma, que força, onde...são palavras, sons que se ajustam a uma realidade que me desagrada. Não consigo perceber a deixa no actual quadro da história que pinto diariamente...nem eu entendo, que cores estou a utilizar sobre a tela que pinto, não tem emoção, não tem paixão, não tem garra, não tem vida, não tem...
Entram e saem da minha vida, acrescentam uma vírgula ou até mesmo um ponto final parágrafo, porque de vez em quando a história repete-se, mas noutras nuances. Depois vem um ponto de exclamação, seguido do de interrogação, questionando o que afinal se passa ali, acolá dentro de ti menina, bonita que sorri mas que chora por dentro porque o colo, esse por vezes escasso, treme, embriagada de medos e receios que não deixam crescer e mostrar a luz que aquece aquele que se aproxima.