Gosto de acreditar que ela está lá sempre, guardada num
lugar especial, dentro de mim. Tenho dias em que não a encontro, esconde-se,
tenho outros que lhe vejo o brilho. Gosto de acreditar que é ela que me ajuda a
sair da cama, a olhar pela janela e vislumbrar horizontes, e mais, a querer ver
mais além, sempre. Mas, e quando achamos que já não existe esperança? A sensação
é esmagadora. Quando não a encontramos após derradeiro esforço em busca
interior, procuramos no olhar do outro, no sorriso, no abraço, na compaixão
alheia, nas crenças, nas mezinhas, e a dor sufoca, queima, arde. Sem esperança
é como viver ligado a uma máquina em estado vegetativo, anda-se por aí feito
zoombie, em movimentos automáticos, a dizer sim’s sem os pensar, pior, sem os sentir, acumula-se contrariedades,
e vive-se sem alma. Não é viver. Encontrar a esperança, essa rapariga jeitosa
que sem ela cada um de nós não tem alento, é saborear o melhor que existe em
nós, o ser simplesmente nós! Aquilo que me faz realmente acordar e sonhar e
acreditar é ter esperança que um dia vou continuar a ter amigos fabulosos que
me devolvem sorrisos incondicionais que a família ali estará, que a princesa
terá o bastante para dar um pouco de si ao mundo e criar algo (nela) nos outros,
e que continuarei a ter-me a mim, a insurgir numa mudança interior e a devolver
algo melhor, numa constante e estonteante aprendizagem, seja quando estiver de
cabeça para baixo ou para cima, de acordo com as voltas que este mundo louco
vai dando!
1 comentário:
Adorei!
Bjs
Pat Galego ;)
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