terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Esperança



Gosto de acreditar que ela está lá sempre, guardada num lugar especial, dentro de mim. Tenho dias em que não a encontro, esconde-se, tenho outros que lhe vejo o brilho. Gosto de acreditar que é ela que me ajuda a sair da cama, a olhar pela janela e vislumbrar horizontes, e mais, a querer ver mais além, sempre. Mas, e quando achamos que já não existe esperança? A sensação é esmagadora. Quando não a encontramos após derradeiro esforço em busca interior, procuramos no olhar do outro, no sorriso, no abraço, na compaixão alheia, nas crenças, nas mezinhas, e a dor sufoca, queima, arde. Sem esperança é como viver ligado a uma máquina em estado vegetativo, anda-se por aí feito zoombie, em movimentos automáticos, a dizer sim’s sem os pensar, pior, sem os sentir, acumula-se contrariedades, e vive-se sem alma. Não é viver. Encontrar a esperança, essa rapariga jeitosa que sem ela cada um de nós não tem alento, é saborear o melhor que existe em nós, o ser simplesmente nós! Aquilo que me faz realmente acordar e sonhar e acreditar é ter esperança que um dia vou continuar a ter amigos fabulosos que me devolvem sorrisos incondicionais  que a família ali estará, que a princesa terá o bastante para dar um pouco de si ao mundo e criar algo (nela) nos outros, e que continuarei a ter-me a mim, a insurgir numa mudança interior e a devolver algo melhor, numa constante e estonteante aprendizagem, seja quando estiver de cabeça para baixo ou para cima, de acordo com as voltas que este mundo louco vai dando!

1 comentário:

Anónimo disse...

Adorei!
Bjs
Pat Galego ;)