quarta-feira, 10 de julho de 2013
Mês de Verão lixado
Tem sido um início de mês lixado, para não ser mais rude ou mal educada e dizer mesmo fodido.
Tem sido uma fase agressiva que testa a minha capacidade de resistência emocional.
Pensar onde meter a criatura a salvo durante 3 meses de férias.
O que fazer a notícias sobre saúde as quais esperava outros contornos.
O que fazer ao maldito carro que tive a infelicidade de adquirir.
Confirmar que quem se aproximou um dia, encantado pelo meu cheiro de sereia, e que entrou pela minha vida adentro sem pedir qualquer tipo de licença, afinal sempre amou uma única mulher, e não passa pelo meu nome, e que ainda ama.
O que fazer com um dia de trabalho que apenas é compensado pelo sorriso e mimo de colegas, e não pelo que se faz concretamente.
Não, não está a ser um mês de Verão fácil. Quente à brava, nem sei onde fica o meu neurónio mais esperto aqui dentro, tal é o vapor em que me encontro.
Ai, eu sei, tenho de me centrar em tudo de bom que vai acontecendo. Nos pequenos gestos de quem me faz sorrir diariamente, colegas, amigos, família. Na filha linda que embora de férias, ocupa o meu pensar e me faz sentir a mais afortunada, mesmo sem euros na conta bancária ou simples carteira. Mas ando preocupada, ansiosa, e triste, não consigo evitar. Medo de sei lá, não conseguir concretizar sonhos, de não saber o que é verdadeiramente o significado de um grande amor entre um homem e uma mulher, de ficar sem forças para resistir a esta sociedade que exige atitude robótica, ao invés de estender a mão e se entre-ajudar, sei lá, sim, tenho medo, não tenho vergonha de o assumir, não faz de mim mais pequena ou mais frágil, simplesmente verbalizo o que sinto, o que me angustia. Amanhã talvez volte a acordar senhora do meu mundo, hoje, estou assim num sei lá de coisas aprofundadas em mim mesma.
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