Passei a gravidez numa cama de chão, num colchão (de palha) super desconfortável. Lembro-me do quarto que nos acolheu durante 10 meses, e ainda hoje recordo a dificuldade em me levantar aquando tinha de ir à casa de banho durante a madrugada, praguejando a cada segundo o custo de erguer os 12 quilos a mais que ganhei, e porque raios tinha de dormir no chão. No entanto, volvidos quase 9 anos, acho cada vez mais charmosas as camas japonesas, o glamour do estrado, da estrutura, até do requinte que o quarto passa a ter. Recordo aquele quarto luminoso (apesar de que numa Suíça em Novembro, os dias não são assim tão soalheiros). Recordo o ambiente da zona onde vivi, do prédio que ficava na parte velha da cidade [vila? aquilo é mesmo pequeno], de portadas brancas e de ver sempre a imagem de um casal delicioso que preparava a 4 mãos o pequeno-almoço, flirtando entre si, namorando, e eu em puro voyeurismo, encantada, deliciada e redonda. Recordo...apenas. E, recordo, a minha cama de chão, ou estilo japonesa, como lhe quiserem chamar.
Hoje, apetecia-me ter uma cama assim, ali no meu quarto, talvez lhe mudasse um ou outro ornamento, mas tenho a certeza que ficaria cozy e charmoso
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