Em arrumações
Sãos muitos os pensamentos que me ocorrem ao longo de um dia, as memórias surgem do nada, conseguem fazer-me parar o que estou a fazer, e recordar com mais atenção, não é necessário, mas acontece. Hoje dei comigo a dizer que o trago vazio, o coração. Ainda faltam as pazes com as memórias para o sentir vazio e sereno, mas sinto que ando perto. Tenho descoberto em mim, uma pessoa forte e resiliente, a humildade veste-se-me em tantos momentos do meu tempo. Nem sempre lembro o que já fiz, o que já vivi. A memória passeia-se mais pelos tempos próximos, pelas feridas que tenta sarar, mas sim, já passei um pouco pelo mundo das emoções, já conheci outros povos, outras culturas, outras línguas, e agradeço porque me tornou mais humilde, mais bonita por dentro e sem dúvida, mais forte. Mas as memórias que trago desenham um sorriso que aos olhos de quem convive a meu lado também se engana, e percebo nesta miscelânea de sentidos, que ando em arrumações, necessárias para prosseguir o meu trajecto, tão necessárias que deixarão um lugar com espaço para algo novo e diferente. Pequenos passos, que só eu os entendo ou vejo. Firmeza no que busco, mesmo quando me permito deixar o fluir de nadas, e ver passar mais um dia em que aos poucos, a arrumação aqui de 'casa' terá o momento findo. Para já, em arrumações.
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