terça-feira, 11 de março de 2014

A vida é o que fazemos todos os dias

Por vezes o silêncio, é-me necessário. Nele encontro respostas, escuto aquela voz que me fala e mesmo que não perceba de imediato, acalma-me. Ontem fui fazer uma intervenção cirúrgica que não foi agradável. À parte da dor, embora tolerável, os medos e fantasmas caminharam comigo de mãos dadas, mesmo que não lhes quisesse estender a mão. E ao escutar as palavras do médico, pensei de coração pequenino, que irei ser positiva, irei manter-me assim, confiante de que tudo isto vai ficar guardado num capítulo só, para mais tarde recordar a força que se me insurgiu e que consegui ultrapassar mais uma batalha que cruzou o meu caminho.
Colocar algumas coisas em perspectiva. Fazer por concretizar alguns sonhos, mas sem grandes planos, se há coisa que aprendi é que estes se modificam ao longo dos tempos e não vale a pena abraçar expectativas. Seguir, simplesmente seguir, pé ante pé, sentindo chão e por vezes manter a vontade em voar. E claro, focar-me num dos meus maiores objectivos de vida, ser a melhor mãe que consiga ser-lhe. Quero muito que um dia ela possa olhar para trás e sentir mais alegria do que tristeza, mais amor do que desamor, mais alento do que vazio e sentir que lhe foram dadas algumas referências consistentes, de modo a que possa ela mesma, por ela apenas, construir os seus sonhos, desenhar alguns planos e viver cada dia como único.

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