quinta-feira, 15 de janeiro de 2015
Gestão
Devia ter aprofundado melhor o meu conhecimento em gestão. Gestão de tempo, gestão de emoções, gestão de vida, gestão de medos, gestão de falhas, gestão de birras, gestão de falta de paciência, gestão de má criação, gestão...isso, simplesmente gerir.
Quando se consegue gerir e compartimentar tudo nas devidas secções tudo parece ser mais fácil. A vida reluz que é uma delícia. Não tenho conseguido. Ultimamente dou comigo a pensar em demasia, a impacientar-me com o feitio e crescer da mais nova muito facilmente, a cansar-me dos meus receios tão característicos, de me olhar de fora e não achar piada a esta mulher que é tão forte aos olhos dos outros e nem sempre se me apresenta. Falta-me o foco, perdi-o algures nos meus 28 anos, depois resgatei-o aos 32 quando tomei a minha vida pelo pulso e desbravei caminho, com suor e muitas lágrimas. Sei que sou capaz de tanto, de muito e sinto-me presa e não há um único dia que a célebre frase não me acompanhe, que podes fazer para ir ao encontro do que queres? mas sabes realmente o que queres? e uma vozinha fininha muito tímida dispara cá de dentro um acho que sei, preciso de sentir que ajudo. Parece simples. Demasiado barulho dentro de mim. Faço um género de coachng caseiro comigo mesma. Primeiro passo: Gostar de mim incondicionalmente, mesmo quando me olho ao espelho e a figura que ali vejo não corresponde ao ideal. És linda mulher. Repete. Segundo passo: Sentir mais, pensar menos. E terceiro: Gerir. Gerir acima de tudo as emoções. Depois os objectivos. Há muito tempo, e de forma dura, aprendi que o mais importante é o que sentes e como fazes sentir os outros. Aprendi também a dizer não (se bem que nem sempre consigo, o que me irrita. Ainda em fase de construção). Aprendi que tenho o dever de cuidar de mim e não esperar que sejam os outros a fazê-lo. Aprendi que mereço sentir amor, e isso começa em mim. Nem sempre fácil este compartimentar que falava há pouco, misturo muita coisa, principalmente quando os afectos estão em alta. Faço birras, aborreço-me com as birras de outros. Vou a caminho de um trabalho que tenho de fazer e não porque gosto de ir lá fazê-lo com prazer e é aqui, é aqui que a porca torce o rabo. Vejo o tempo a passar, montes de ideias a fervilhar na mente ao longo do dia e aquando o regresso a casa só peço a paz do colo dos meus amores e descanso na cabeça. E assim se passam os dias meses e anos. Sei que tenho de alterar isto, só não sei como. Sei que vai ter de ser, só não sei quando. Mas preciso. Preciso de voltar a focar-me e gerir melhor esta segunda metade de vida. Porque o tempo voa e devem sobrar mais sorrisos do que tristezas.
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