quinta-feira, 30 de julho de 2015

É necessário parar


Em modo quase férias, vou ajeitando o que quero levar, arrumo o que está fora do lugar, cabeça e coração, faço uma pequena lista sobre itens e artigos que quero ter comigo. O amor grande está em pulgas cansado de um ano intensivo, o amor mais pequeno ainda mal regressou já se prepara novamente para dar continuidade a este tempo de grande pausa escolar. As ideias continuam a ser a minha companhia diária. A descoberta do que quero, do que gosto, do que consigo, perguntas que me acompanham e me fazem viajar muitas horas para dentro de mim. Aprendo a focar-me mais, a visualizar a minha posição, e a questionar, sempre questionar o que posso fazer mais. Aprendi que é neste caminho de descoberta interior onde estão guardadas as respostas ao que vejo e faço todos os dias. Um recomeçar, um dar passos para a frente e voltar atrás, voltar a insistir, e nos momentos em que desmotivo, em que deixo o desalento entrar, volto a olhar para o que sou, o que fiz, o que faço, o que ainda quero. Nestes dias de interregno que se avizinham quero aproveitar para viver mesmo o momento, focar-me no lazer sem culpa, desmistificar a culpa, viver o sol e o mar salgado, carregar baterias de tantos anos sem férias, viver o amor grande, saborear o crescer do meu amor mais pequeno, agradecer estar por cá a ver e sentir as cores do dia. Saborear outras paragens, outras gentes, saborear odores e degustar outras iguarias. Aprender sobre mim nestes dias de pausa. Estar no momento sem preocupações sobre como vai ser o depois, como farei para dar volta a esta fase. Ser, apenas. Parar, mesmo. Trazer paz e doçura, para mais tarde perceber onde guardo ainda mais força e tenacidade.
A certeza que continuarei a fazer o que tanto gosto, a elaborar mais receitas, a dar corpo ao meu 'faça você mesmo', a escrever textos que me inspiram e que possam inspirar também outros, a descobrir novos caminhos...

Nestes dias:
melodia que abraça o meu interior.
O que quero ler nestes dias longe da rotina.
Ir e trazer a alma cheia.
A caminho, parar-me por aqui


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