quarta-feira, 29 de julho de 2015

E se conseguíssemos...


Na maior parte dos dias esquecemos de pensar em nós, sobre nós e para nós. Colocamos os outros em primeiro lugar, fazemos por ser bons em prol do outro, foi nos transmitido na infância, ainda hoje fazemos por ser assim. E se num rompante conseguíssemos abrandar este ritmo de olhar sobre o outro? e se conseguíssemos cuidar mais de nós, remeter para dentro, olhar o nosso reflexo no espelho e passar a mão naquele rosto, sorrir-lhe e dizer-lhe o quanto lhe gosta, o quanto o seu coração se enche de orgulho e contentamento por ter a sua companhia diária, orgulho nos seus feitos, dizer-lhe palavras bonitas e de conforto, sentidas e sinceras. E se conseguíssemos olhar para aquele reflexo e dizer que nos fomos encantando, apaixonando e nem conseguimos já imaginar a vida sem 'ele', que nos sentimos bem maiores por o ter na nossa vida, que somos bem mais completos e corajosos por sabê-lo em nós. E se conseguíssemos perceber que da mesma forma que somos grandes amigos, um grande apoio em momentos pesados e até mesmo em momentos de alegria, também conseguimos ser o nosso melhor amigo, quem está lá para o que vier, que 'juntos' fazemos a diferença. E porque não começar já hoje, agora, a olhar para o reflexo que o espelho devolve e apreciar em silêncio, sorrir para a imagem, e agradecer ser a pessoa que está consigo todos os dias, a cuidar e a desbravar caminho. Agradecer o que conseguiu até aqui, o que faz todos os dias (por si), as coisas boas, as barreiras ultrapassadas, os demónios combatidos, o amor que lhe tem, a amizade e carinho...e se conseguíssemos ser o nosso melhor amigo, aquele que nos mostra o quanto temos de bom em nós, o que fazemos e e o quanto somos capazes, como seriam os nossos dias daqui em diante?

Sem comentários: