domingo, 16 de agosto de 2015
Sonhei contigo
Hoje voltei a sonhar contigo. Um sonho angustiante de tão nítido. O teu trejeito, a piada fácil, o gesticular das mãos quando fechavas os olhos e falavas [ai amoreee]. As palavras parvas que usavas em cada frase, mas que de tão certeiras deixavam de o ser. Acordei em sobressalto. Ultimamente ocorres-me em sonhos. Demasiado. Pensei em ti com amor nos dias em que estive perto (de ti), hoje voltaste a entrar pelo sonho adentro, a rir, a acutilar cada frase, cada sentir. Acordei e chorei, chorei muito, porque continuo a não entender a razão deste teu desfecho. A vida vai nos mostrando caminhos, uns cruzam-se, outros afastam-se, outros se fortalecem e outros seguem rumo tal rio na sua direcção. Perdemos demasiado tempo com picuinhices, com nadas. Achamos que temos sempre tempo, e que depois iremos visitar, recordar, dar o olá, falar, pedir desculpa, dizer o amor que se sente, e a vida que é mestre, troca-nos as voltas que achamos certas e nos coloca um amargo no corpo. Talvez estes sonhos queiram dizer para não adiar outros tantos. Para acreditar naquilo que se quer, no que me pulsa por dentro, no caminho que desenho e no qual tenho de ter a coragem de acreditar, sem nunca me esquecer de sorrir, de gargalhar pela a vida que me resta. Porque nunca o sabemos até ao dia em que tudo se apaga.
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