
A sensação de tranquilidade começou a emergir de dentro para fora nem sei bem quando. Se calhar até sei. Imaginei algo superior a mim, melhor do que eu, diferente e quando constatei que não, que pura e simplesmente eu sou eu, a sensação emergiu e fez-me sentir viva, bem, até feliz.
Não têm sido fáceis estes tempos, noites sem dormir correctamente, preocupações, cansaço acumulado, mas ao mesmo tempo vejo-o como um processo de crescimento interior. Só quem é pai ou mãe e vive o dia a dia deles de perto consegue dar valor ao que realmente importa.
Não pedi isto, não pedi a desilusão, mas tem sido uma verdadeira descoberta. Aprendi a dar valor à mulher que sou sem esperar escutar do outro para o sentir de verdade. Claro que sabe bem escutar , claro que sabe bem sentir o quanto somos valorizados pelo outro, mas nada melhor senti-lo quando o sentimos em primeiro lugar por nós mesmos, quando nos orgulhamos de nós e olhamos ao espelho e este nos devolve aquela imagem a qual reconhecemos como real.
Neste momento apenas há lugar para mim e para ela, o amanhã desconheço, o hoje é meu. Sei que continuo a ser a mesma romântica a qual acredita que o amor continua a ser o alimento máximo.
Dei o passo em frente.
Já o disse tantas vezes, mas creio ter fechado um capítulo da minha vida onde nessa história fica o meu maior tesouro, a princesa da minha vida que tanto desejei.
Sei que vão continuar a existir momentos de egoísmo, arrogância, sensibilidade nula, que serão um mal menor face ao que já conquistei dentro de mim e para minha família.
Outros capítulos começam a ser esboçados entre rabiscos e garatujas nesta minha história.
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