domingo, 10 de novembro de 2013
Amizade
Tenho a sorte, no meio de tantas peripécias que me vão surgindo, de ter amigos especiais, daqueles que posso afirmar serem mesmo verdadeiros, reais, lindos por dentro e por fora. Há uns tempos a esta parte, falei em ti , e cada dia que passa das nossas vidas tenho a agradecer o facto de teres entrado. tens a primazia de tocar com esse teu humor sarcástico e tão teu, uma piada que aclara o dia negro, um abraço que afasta fantasmas e uma escuta que permite ir ao encontro da resposta trancada aqui dentro. Não és pessoa de 'passar a mão pelo pêlo', o que tens a dizer dizes, mesmo que caia mal ao fígado, mas ao mesmo tempo a forma deliciosa, com que transmites esse cuidado por quem te conquista o coração é tão especial que se torna viciante ter-te no dia a dia, não és banal, és especial, muito, mesmo! E apenas te quero agradecer o facto de existires nos meus dias, de te poder chamar de pessoa amiga, irmã mais nova, a qual me pede conselhos, partilha comigo o que falas em silêncio a ti mesma e me escuta os lamentos, os desaires, as retóricas tresloucadas que profiro sobre mim, filha e afins e mesmo assim, com dias doridos, questões por deslindar consegues segurar de mansinho a dor de quem te toca, trazendo-nos em bicos de pés e sossegando o que nos atormenta. Obrigada Rita.
E tu, que me és uma mana de coração desde os tempos de infância, onde depois de horas coladas numa sala de aula, dávamos continuidade a uma tagarelice cúmplice ao telefone, ocupando a linha, levando mães a uma loucura fininha. Confidenciámos tantas coisas, desejos, sonhos. O tempo passou, fomos crescendo nem sempre juntas, mas a cumplicidade que nos caracteriza e nos veste até ao dia de hoje, fez com o significado do valor amizade estivesse presente no meu Eu. Escutei as tua loucuras, os teus medos, os teus feitos. Partilhei contigo os meus receios, os meus sonhos, as minhas lágrimas, os meus sorrisos, e já lá vão 28 anos...vinte e oito anos, anos meus deuses, e espero poder dizer que muitos mais farão parte desta amizade que nem sempre se vê, nem sempre se fala e nem sempre se acompanha, mas que vive diariamente num crescer delicioso e que muito me encanta poder dizer, és das poucas, mas tão, tão especial que, também não imagino a vida sem a tua mestria, sabedoria, serenidade, mesmo quando nem te apercebes do que transmites e do tanto que dás e tocas na vida do comum mortal. Orgulho de ti, muito. Adoro-te Mónica.
Há mais amigos que me merecem o carinho, respeito e amor. No meio de tantos tombos, sou uma rapariga de sorte.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário