quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Momentos aos deitar


Ao som desta menina que adoro vou digerindo um dia duro na ânsia de apaziguar o pânico que me assola. Tento fazer este exercício, de pensar no que de melhor correu no meu dia, para me deitar mais serena e dormir mais calma. Depois leio duas ou três páginas do livro que co-habita a meias com o despertador, na mesa que ilumina as linhas do mesmo, que me faz viajar um pouco para mais longe, dos problemas, das tricas, dos nervos, das ansiedades. Hoje, apesar das más notícias e a solução que terei de encontrar o mais premente possível, guardo um momento em que me fez sentir o quanto vale a pena estar por aqui e as escolhas que vou fazendo, principalmente o ter regressado a um país que só me tem dado dissabores, mas que fazer é daqueles amores que não se escolhe, sente-se, e eu amo mesmo este Portugal. Depois guardo outro, após a correria, o trânsito o meu mau humor, ver-te sozinha ali à minha espera por fim, com esse teu olhar que aquece num Inverno frio, fez-me sentir gigante. Confesso que morria de medo, a caminho de te ir buscar que te desse nova vontade de me contrariar e me presenteasses com o teu azedume de ultimamente, mas não, o teu sorriso e abraço forte, encheram-me as medidas e fez-me acreditar que lá conseguirei encontrar a bendita solução e que conseguirei ir vivendo um dia de cada vez, não esquecendo [nunca] de respirar, bem fundo, para que a vida se lembre de me sorrir mais vezes do que me passa a perna. Sim, eu sei, tentarei sorrir-lhe mais também. E são momentos estes que guardo ao deitar, para que o amanhã desponte mais luminoso mantendo este meu sorriso (lindo).

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