sábado, 29 de março de 2014
Um tesouro escondido diante dos olhos
Momentos, são sempre os momentos, os mais ténues que me fazem sair de mim, do meu queixume, e me permitem agradecer mais, muito, tanto pelo que já tenho. Hoje foi dia do sobrinho ficar cá por casa, ficar connosco. A rotina não se altera assim tanto, mas o foco passa a ser eles. Escutar a sua dinâmica, as conversas sempre bem temperadas pelas gargalhadas genuínas, que me desenham sorrisos levando até mesmo a rir com eles. Junto-me à festa deles, à parvalheira do disparate pegado, um inventa e o outro acrescenta. Volto a distanciar-me, e vejo o quanto ando séria, ando aflitiva, zangona, terrível. Ela, é simplesmente uma criança, que testa todos os dias, em tentativa e erro, o seu manifesto querer, desejar no momento, e cabe-me a mim ter a sapiência de lidar com tudo isto acrescido das dificuldades em que me vejo. Mas hoje, depois de muitos pedidos de perdão ao Universo, pelo queixume e gritaria desmedida, da estupidez crónica que quero imenso deixar ir para bem longe, consegui apreciar o verdadeiro tesouro [escondido diante dos olhos] de ser mãe e tia de duas criaturas fabulosas, que me levaram até ao meu mundo perdido da criança que existiu em mim.
E que bom ter um gentleman a mimar o meu ego de tia super babada.
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